ESTRELA DA MANHÃ

Eu sou o filho do navegador
Que desviou correntes turvas
Nas turbas manhãs da dor
Lembrando de tuas curvas
Ó estrela de manha
Levada manhosa pelos ventos
Que em dor sempre apanha
Inventado novos talentos
Entre a perda e a façanha
Ó estrela do amanhã
Não precisas dizer nada mais
Que de ti já não saiba eu
Pois sou o que lê teus sinais
Perdidos ao céu que percorreu
Estrela de manhã
Da alvorada o brilho passageiro
Que acorda-me na luz de glória
Esqueceu que eu sou o marinheiro
E teus sinais são minha memória?
Vai estrela da manhã
Não teme o dia que te oculta
És minha D’alva, minha Vênus alada
Que evanesce quando o Sol te sepulta
Logo no final da madrugada
Vem estrela da manhã
No obscuro do céu sobre o mar
Pois é na noite que tu fulgura
Quando meu barco desaportar
Me reencontrar na noite futura
Estrela d’amanhã
Astro da alva trilha
Que guia pelo oceano
O meu barco quando brilha
Pelas ondas sem engano
Estrela do meu afã
Vênus, D’alva, Vésper minha
Afrodite, Netzach, Véspero, Ishtar
Ísis Vespertina que caminha
Astro-lampo de Ostara, Morningstar
ps: Para uma estrela que agora brilha distante
Comentários
tá em outro poema
eskece isso doido.
assim tu me laska