Sorriso Minguante






A lua atraente brilhava
Cintilante, no meio da madrugada
Brilhava minguante, me olhava
Sorriso curvo, pra agradar a alvorada

Apreciando o sereno lúgubre em conversas madrugadas jaz
Amigos ébrios na esquina escura repousam em paz
Momentos bons, oxalá Deus faz
E dê a quem não tem amigos mais
E por isso eu fumo, se me apraz, e se eu bebo eu bebo fugaz
Pois a noite atrás desfez a paz e ainda desfaz.
A levou e já não trás.
O brilho dos teus olhos
Que por ventura eu encontrei por sorte
Agora eu o vejo espalhado nas estrelas
Fulgurando de sul à norte

O cheiro e a umidade do teu paladar
Que murmuram as areias, nunca mais terei morada
Agora sinto apenas no gorjeio das plantas do luar
Nessa noturna alameda perfumada

E a lua sempre risonha, paciente e renovadora
Inspira-me a observá-la agora cintilando
Como a única testemunha perpétua do que fora
E ensina-me a viver esperando
A nova visita da alvorada
E a conformar-me com novos risos
Que teu manto negro trás na madrugada
Na lua minguante, me tirando o siso

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